Informes da greve

Greve dos educadores termina com conquista de política inédita no país

A paralisação iniciou no dia 12 de agosto e foi suspensa em assembleia hoje (17)
A greve dos educadores da rede estadual de Mato Grosso termina nesta quinta-feira (17), após deliberação da assembleia geral, com a conquista da política de dobrar o poder de compra da categoria em um prazo de 10 anos. Este tipo de valorização profissional é inédita no país e reforça a luta dos trabalhadores da educação no Estado. Além disso, vitoriosamente os contratados começam a retomar o direito à hora-atividade, que foi suspenso no final da década de 80 pelo governo.
A 6ª e última assembleia geral dos profissionais da educação de Mato Grosso terminou na Escola Estadual Presidente Médici com conquistas da luta da categoria. Após 67 dias de paralisação, os educadores acataram o último documento encaminhado pelo governo estadual na terça-feira (15) e deliberaram pelo retorno às atividades.
Educadores acampados na Capital, desde o dia 2 de setembro, festejaram ao final da assembleia a paralisação geral, que chegou a 90% de adesão da categoria e foi a maior registrada pelo menos nos últimos 20 anos.
"O que está aqui é uma proposta conquistada pelos trabalhadores. Nós inauguramos uma política de dobra o poder de compra dos salários e depois de 23 anos começamos a conquistar a hora-atividade para os interinos. O Sintep/MT faz o patenteamento desta política", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Henrique Lopes do Nascimento.
De acordo com o documento entregue pelo governo ao Sintep/MT e com a presença de membros do Ministério Público Estadual, a hora-atividade será concedida em 3 parcelas, sendo a 1ª de 40% em 2014 e o restante nos anos seguintes.
Já em relação à política de dobra do poder de compra o Executivo se comprometeu a encaminhar o projeto de lei para a Assembleia Legislativa aprovar e o governador sancionar. A partir de 1º de março de 2014 a implementação do reajuste salarial iniciará, seguindo até 2023, quando o piso deverá estar com o valor dobrado.
Apesar da suspensão da greve, Henrique destacou que a luta pela educação pública de qualidade continua. A pauta de reivindicações, que exigia novo concurso público, plano de reforma das escolas, e aplicação dos 35% dos recursos na educação, não foram itens atendidos.

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